BRASIL – O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, desistiu de antecipar sua saída do cargo para a próxima sexta-feira (23), de acordo com a Folha de S. Paulo.

Com isso, ele encerra o que poderia ser o início de uma crise militar já no começo do mandato do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A passagem do comando da FAB será feita em 2 de janeiro.

Os três comandantes das Forças Armadas, nomeados por Jair Bolsonaro (PL), haviam combinado de deixar o cargo antes da posse de Lula, em um movimento acertado em uma reunião no Palácio da Alvorada com o próprio Bolsonaro.

Oficiais-generais dizem que o objetivo era apenas facilitar a troca de comando, permitindo-a ser feita de maneira mais rápida. No entanto, o gesto foi recebido como insubordinação dos atuais comandantes ao novo presidente. Ou seja, os militares estariam se recusando a prestar continência ao novo comandante-em-chefe das Forças Armadas.

O brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior foi procurado pela Folha, mas sem sucesso. “Um colega de Baptista”, porém, foi ouvido e negou que o brigadeiro agiria com insubordinação em relação a Lula. Ele lembrou que o comandante afirmou em janeiro deste ano que prestaria continência ao petista ou a qualquer presidente eleito.

Após a indicação de José Múcio para o Ministério da Defesa de Lula, os comandantes do Exército e da Marinha, o general Marco Antônio Freire Gomes e o almirante Almir Garnier, respectivamente, já haviam desistido de desocupar seus postos em dezembro. Faltava apenas o brigadeiro Baptista.

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