Amazonas  – Com o intuito de alcançar cada vez mais pessoas com informações sobre o novo coronavírus, a Fundação Alfredo da Matta (Fuam) deu início à produção de uma série de vídeos educativos em língua materna voltados às populações indígenas do Amazonas. Produzido pelo Núcleo de Telemedicina e Telessaúde (Nutes) da instituição, os conteúdos já possuem versões em baniwa, baré, marubo e tikuna.


De acordo com o coordenador do Nutes/Fuam, o médico dermatologista Luiz Claudio Dias, o trabalho vem para ajudar as comunidades indígenas no enfrentamento à pandemia de Covid-19. Entre os assuntos abordados estão os sinais e sintomas da doença, formas de prevenção e isolamento social dentro do contexto comunitário.

“Essas mensagens são levadas através de profissionais de saúde indígenas com suas próprias línguas maternas, e com isso a gente espera motivar melhor, por parte das populações indígenas, a respeito dessa doença, que é nova para nós e também para eles”, disse o médico, destacando que o material é útil tanto para os indígenas aldeados quanto para aqueles inseridos no contexto urbano.

“Nós temos muitos indígenas na cidade de Manaus que não têm domínio do português, então o ideal é que esses vídeos cheguem através de celulares, pen drives, sendo levados pelos agentes indígenas de saúde e pelos professores bilíngues até essas comunidades aldeadas”, explicou Dias.


Os conteúdos podem ser acessados no perfil do Nutes/Fuam no Youtube. Em breve, também serão disponibilizadas versões nas línguas paumari e tukano.

O projeto é financiado pela ONG alemã DAHW, instituição que atua no Brasil há mais de 45 anos com trabalho voltado à prevenção e tratamento da tuberculose e hanseníase, e conta com apoio de instituições parceiras: Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (Itepes), Distritos Especiais de Saúde Indígena (DSEIs) do Amazonas, Casa de Saúde Indígena (Casai) Manaus e Núcleo de Telessaúde do Amazonas, ligado à Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

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