
O Conselho Deliberativo do Corinthians, sob a liderança de Romeu Tuma Júnior, agendou para o dia 28 de novembro uma reunião extraordinária no Parque São Jorge para votar o pedido de impeachment do presidente Augusto Melo. O processo está relacionado a suspeitas de irregularidades no contrato de patrocínio máster com a empresa VaideBet, que vem sendo investigado pela Polícia Civil desde maio.
Augusto Melo, que assumiu a presidência do clube em janeiro de 2023 e tem mandato até dezembro de 2026, reagiu à convocação, criticando o processo e afirmando que ele deveria ser suspenso até a conclusão das investigações policiais, conforme sugerido pela Comissão de Ética do clube, que alertou para o risco de decisões precipitadas.
Em nota, Melo argumentou que a votação, realizada em meio ao Campeonato Brasileiro, prejudicaria o planejamento do clube para a temporada de 2025. Outros membros da gestão de Augusto, incluindo diretores e vice-presidentes, também estão sendo investigados no mesmo caso. O processo de impeachment, que tem um forte componente político, precisa ser aprovado em duas etapas: primeiro pelo Conselho Deliberativo e, caso haja afastamento, pela Assembleia Geral dos sócios.
O ex-presidente Andrés Sanchez, crítico de Augusto Melo e favorável ao impeachment, se pronunciou, afirmando que o presidente poderá se defender diante do Conselho. Sanchez também ressaltou a importância de separar as questões administrativas do desempenho esportivo e elogiou o progresso do Corinthians no Campeonato Brasileiro, onde o time tem melhorado sua posição. Por sua vez, Augusto Melo classificou o processo de impeachment como desrespeitoso para com o clube, citando a Democracia Corinthiana e afirmando que não aceitará “golpes” que possam comprometer a profissionalização da instituição.


