
A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, 72 anos, começou nesta terça-feira (17/6) a cumprir sua pena de seis anos de prisão por corrupção em regime domiciliar. A decisão foi autorizada pela Justiça após o Supremo Tribunal do país rejeitar os últimos recursos da defesa, conforme divulgado pela imprensa argentina.
Condenada por irregularidades em contratos de obras públicas durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner, a ex-mandatária teve sua pena confirmada na última semana, o que levou à imediata execução da sentença. Por ter mais de 70 anos, e conforme prevê a legislação argentina, Cristina teve o direito de cumprir a pena em casa, sob condições determinadas pela Justiça.
Entenda o caso de Cristina Kirchner
A decisão que determinou o início do cumprimento da pena em prisão domiciliar marca mais um capítulo de uma trajetória repleta de polêmicas e controvérsias na Argentina. Condenada a seis anos por corrupção no caso conhecido como “Causa Vialidad”, Cristina esgotou seus recursos legais após a Suprema Corte argentina confirmar a sentença neste mês.
A ex-presidente, no entanto, insiste que é vítima de “lawfare” — termo usado para descrever perseguição política via sistema judicial — e afirma que o processo teve motivações políticas, conduzido por setores alinhados à direita e a interesses internacionais.
Na última semana, a defesa solicitou que Cristina cumprisse a pena em prisão domiciliar no apartamento onde mora no bairro Constitución, em Buenos Aires. Segundo o jornal argentino Clarín, os juízes determinaram que a pena seja cumprida em um apartamento de propriedade da ex-presidente, localizado no bairro Monserrat, também em Buenos Aires.
Cristina deverá permanecer no local sem possibilidade de saída e será monitorada por tornozeleira eletrônica. A Justiça estabeleceu o uso do equipamento para garantir o “monitoramento efetivo da execução da pena”, e a ex-presidente já foi formalmente notificada da decisão.