Brasil – A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) corre risco de morte caso seja levado para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

A declaração foi feita à coluna de Letícia Casado, do UOL, após uma “visita técnica” realizada nesta semana pela parlamentar ao local, no exercício de sua função como presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado.

“Se ele tiver que comer aquela comida, ele morre”, disse Damares, ao alegar que a alimentação fornecida na Papuda não atenderia às exigências médicas de Bolsonaro. Segundo ela, as condições de saúde do ex-presidente não o permitiriam enfrentar a rotina do presídio.

Bolsonaro sofre de problemas gastrointestinais decorrentes da facada de 2018 e, de acordo com seus médicos, precisa seguir uma dieta restritiva. Damares afirma que a comida servida aos presos é inadequada para esse tipo de tratamento e que isso representaria um risco imediato ao ex-presidente.

Tempo de socorro

A senadora também apontou preocupação com o tempo de resposta em caso de complicações clínicas. Segundo ela, a distância entre o complexo penitenciário e o hospital público mais próximo poderia atrasar o atendimento. “Se ele tiver refluxo e não for socorrido dentro de 20 minutos, as vias aéreas podem ficar comprometidas”, declarou.

O futuro de Bolsonaro no sistema prisional depende do andamento do processo no STF (Supremo Tribunal Federal). Em setembro, ele foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma trama golpista. O caso ainda está na fase de recursos. Somente após o esgotamento das possibilidades de apelação o relator, ministro Alexandre de Moraes, definirá onde Bolsonaro e os outros sete condenados do núcleo 1 cumprirão pena.

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