Após inúmeras polêmicas, o prefeito David Almeida (Avante) foi envolvido em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) e intimado pelo juiz da 62ª Zona Eleitoral de Manaus, que apura o crime de abuso de poder econômico, relacionado à concessão de benefícios por líderes religiosos supostamente ligados à sua campanha de 2024.

Se comprovada a conduta, Almeida pode ter seu mandato cassado e ser declarado inelegível.

A ação foi movida pela Coligação “Ordem e Progresso”, do deputado federal Alberto Neto (PL), e está relacionada à ‘Operação Eleições 2024’, deflagrada pela Polícia Federal (PF) às vésperas da eleição, no dia 26 de novembro. Durante a operação, a PF apreendeu R$ 21.650,00 e prendeu dois pastores, Flaviano Paes Negreiros e Werter Monteiro Oliveira, enquanto eles realizavam uma reunião em uma igreja no bairro Monte das Oliveiras.

Segundo a PF, o dinheiro estava acondicionado em envelopes numerados, acompanhados de uma lista com 50 eleitores que teriam votado em Almeida. O fluxo de entrega indicava que se tratava de uma operação estruturada, com registros detalhados dos nomes e valores.

Em depoimento, os pastores confessaram que receberam uma “oferta” de R$ 38 mil de “uma pessoa do David”.

Outros candidatos também são mencionados na AIJE nº 0601151-03.2024.6.04.0062.

Este mesmo crime resultou na condenação do ex-candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, que foi declarado inelegível por 8 anos após oferecer apoio político em troca de “doações por Pix de R$ 5.000” em vídeo.

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