Com o anúncio surpresa de que Jean Wyllys não assumirá seu terceiro mandato como deputado federal e vai deixar o país devido às ameaças que tem recebido, as atenções se voltam para seu suplente, David Miranda.

Eleito vereador pelo Rio de Janeiro em 2016, o carioca de 33 anos se descreve no Twitter como “Preto, Favelado e Primeiro vereador LGBT do RJ, midialivrista e pela causa animal.”

David cresceu na favela do Jacarezinho, não conheceu seu pai e sua mãe morreu quando ele tinha 5 anos, segundo seu perfil no Facebook.

Na tarde desta quinta-feira (24), ele mandou uma mensagem para o presidente na rede social: “Nos vemos em Brasília”.

Nas eleições do ano passado, Miranda se tornou o primeiro suplente da coligação “Mudar é possível”, composta por PSOL e PCB. Ele recebeu 17.356 votos.

Ele é casado há 13 anos com Glenn Greenwald, o jornalista americano que revelou em 2012, com Edward Snowden, o alcance das ferramentas de vigilância global dos Estados Unidos.

Em agosto de 2013, Miranda foi detido pela Polícia Metropolitana de Londres quando fazia escala  em uma viagem de volta de Berlim, para o Brasil.

Enquadrado em uma Lei Antiterrorismo pela suspeita de estar transportando documentos de inteligência, ele ficou detido por 9 horas e teve pertences pessoais retidos.

A prisão foi considerada “justa e apropriada” pela Justiça britânica, mas condenada pela Anistia Internacional.

Greenwald viria a ganhar o Pulitzer em 2014 por seu trabalho e fundou o site The Intercept, que tem uma edição brasileira.

O casal tem dois filhos, João e Jonathan, e vive em uma casa no Rio de Janeiro com 24 cachorros, muito deles de rua, segundo perfil na revista The New Yorker publicado em setembro.

O perfil também diz que eles abriram um abrigo para cachorros de rua na cidade. O casal se conheceu na praia de Ipanema em 2005, onde Greenwald estava de férias.

Fonte: EXAME

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