A defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, pediu o arquivamento da investigação que o acusa de forçar um cartão amarelo na partida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, argumentando que essa conduta não configura crime.

O jogador foi indiciado por estelionato e fraude em competição esportiva, após investigação da Polícia Federal. Contudo, os advogados destacam que a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado concluiu que forçar cartão não se enquadra no artigo 200 da Lei Geral do Esporte.

Segundo a defesa, a legislação atual não prevê crime para o ato de receber intencionalmente um cartão amarelo com o objetivo de obter vantagem em apostas, já que isso não altera o resultado da partida, mas apenas beneficia a aposta em si.

Os advogados ressaltam que Bruno Henrique é multicampeão pelo Flamengo e que seria ilógico pensar que ele desejaria manipular resultados ou prejudicar o clube. Eles também afirmam que, mesmo que o atleta tenha forçado o cartão, a conduta não teria relevância penal, pois o objetivo seria apenas poupar-se fisicamente ou “zerar” a contagem de cartões para jogos mais importantes.

Investigação da PF revelou que um núcleo de apostadores ligados ao irmão do jogador teria lucrado quase 200% apostando no cartão amarelo de Bruno Henrique. Foram identificadas apostas que somam R$ 6.448 em diversas plataformas, feitas por seis pessoas próximas ao irmão do atleta, sugerindo que o grupo foi avisado com antecedência sobre o esquema.

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