O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou nesta sexta-feira (30) uma moção de repúdio contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em razão de uma declaração feita durante cerimônia oficial em Cachoeira dos Índios (PB), no interior da Paraíba. No evento, Lula afirmou: “Deus deixou o sertão sem água porque ele sabia que eu ia ser presidente da República e que eu ia trazer água para cá”, ao assinar a ordem de serviço para um novo ramal da transposição do Rio São Francisco.

Para Gayer, a fala representa desrespeito à fé cristã e à população nordestina. O deputado argumenta que o presidente transformou uma tragédia histórica — a escassez hídrica no semiárido — em palanque para autopromoção política, reduzindo o sofrimento da região a um “projeto divino” com fins eleitorais.

Segundo o parlamentar, a instrumentalização da fé religiosa viola a dignidade do cargo presidencial. “Deus não é arquiteto da dor, tampouco da miséria”, afirmou Gayer, sustentando que o uso político da fé rompe com princípios éticos e morais exigidos do chefe de Estado.

A moção destaca ainda a repercussão negativa da fala entre parlamentares, líderes religiosos, meios de comunicação e especialmente entre nordestinos, que teriam interpretado a frase como ofensiva à fé e à identidade cultural da região. Gayer pede que a Câmara dos Deputados se posicione oficialmente em defesa do respeito às crenças do povo brasileiro.

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