
O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) está sendo acusado de ter reduzido o salário de uma assessora grávida e demiti-la no sétimo mês de gestação. A denúncia foi feita pelo marido da ex-funcionária, que divulgou um vídeo nas redes sociais relatando o caso.
Segundo ele, a demissão ocorreu sem justificativa e foi classificada como “imoral”. Dados do Portal da Transparência da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) mostram que o salário bruto da assessora caiu de R$ 5.626,14 em janeiro de 2024 para R$ 703,08 em novembro, mês da exoneração.
O deputado também foi acusado de hipocrisia por, segundo o denunciante, defender salários dignos em discurso público, enquanto reduzia o vencimento da funcionária a um valor próximo do mínimo.
Após a repercussão, a assessoria do parlamentar afirmou que a exoneração foi realizada em novembro e que todos os direitos da ex-assessora foram garantidos, incluindo salários pós-parto. Também informou que a funcionária foi indicada ao cargo por meio de articulação política com o Movimento Popular por Moradia (MPM), mas acabou exonerada por “atitudes antiéticas” após o rompimento do acordo.
A Alep também se pronunciou, destacando que a demissão de gestantes é permitida desde que haja pagamento de indenização. No caso citado, os valores estão sendo pagos por decisão judicial.