O corregedor-nacional de Justiça, João Otávio de Noronha, anunciou nesta terça-feira que determinou a abertura de um procedimento para investigar um post da desembargadora Marília Castro Neves no Facebook em que ela difama a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros na última quarta-feira, 14/03.

Em nota, Noronha, que também é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), cita as representações apresentadas pelo PSOL e pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia contra a magistrada, que atua no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Com informações Veja.

Na sexta-feira, a desembargadora, em comentário feito em um post de outra pessoa no Facebook, escreveu, baseada apenas em fake news (notícia falsa), que diz ter lido no texto de uma amiga, que Marielle era “engajada com bandidos” e havia sido “eleita pelo Comando Vermelho” – nenhuma das duas acusações é verdadeira.

Na segunda-feira, 19, Marília Castro Neves divulgou uma breve nota, na qual admite ter se precipitado. “No afã de defender as instituições policiais, ao meu ver injustamente atacadas, repassei de forma precipitada notícias que circulavam nas redes sociais. A conduta mais ponderada seria a de esperar o término das investigações, para então, ainda na condição de cidadã, opinar ou não sobre o tema”, escreveu (leia íntegra da nota abaixo).

A desembargadora será ouvida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Se for considerada culpada, ela poderá receber uma punição que vai de advertência até aposentadoria compulsória ou demissão. 

Artigo anteriorOmar Aziz cobra Petrobras por não explorar mina de potássio no Amazonas
Próximo artigoEquipe de TV britânica grava documentário sobre o ‘Caso Wallace’ em Manaus