Brasil – Lideranças do PT no Paraná dizem, nos bastidores, terem se surpreendido com o desempenho de Michelle Bolsonaro em pesquisas internas do partido para eventual disputa pela vaga de Sergio Moro (União-PR) no Senado.

Segundo caciques petistas ouvidos pela coluna, a ex-primeira-dama, que é filiada ao PL, tem pontuado bem até mesmo em cidades que são consideradas redutos eleitorais do PT no Paraná.

Em um dos levantamentos internos do partido, Michelle teria alcançado 20% das intenções em municípios que deram muitos votos a deputados petistas em 2022, como Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu.

Tanto Gleisi quanto Zeca, vale lembrar, já se colocaram como pré-candidatos em eventual eleição suplementar ao Senado no Paraná, caso a Justiça Eleitoral casse o mandato de Moro.

Michelle será candidata?

Apesar de testar o nome de Michelle, petistas avaliam que ela não disputará a possível eleição para a vaga de Moro. A aposta é que a Justiça Eleitoral não validaria a candidatura da ex-primeira-dama, que mora em Brasília.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, porém, já avisou a interlocutores que sua esposa deve, sim, ser candidata ao Senado pelo Paraná, caso Sergio Moro tenha o mandato cassado.

Em conversas reservadas, Bolsonaro tem dito que é melhor garantir um mandato de seis anos no Senado pelo Paraná do que aguardar para disputar um mandato de oito anos pelo Distrito Federal em 2026.

Nova eleição

Como noticiou a coluna mais cedo, lideranças do PT no Paraná apostam que eventual eleição suplementar para vaga de Moro só deve acontecer em 2025.

Na avaliação de petistas, uma série de fatores deve fazer com que o julgamento do ex-juiz só seja concluído após as eleições municipais de outubro, jogando o pleito para o ano que vem.

O julgamento do ex-juiz começará no dia 1º de abril no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O caso, porém, deve acabar indo parar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Abuso de poder

Moro será julgado no TRE-PR em ações protocoladas por PT e PL. As siglas pedem a cassação do mandato dele no Senado por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

A alegação é que o ex-juiz teria cometido o abuso por ter usado recursos do Podemos quando era pré-candidato à Presidência da República, para alavancar sua candidatura ao Senado.

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