Brasil – O dólar fechou em queda de 1,71%, cotado em R$ 5,56, com mínima que atingiu R$ 5,54 nesta quarta-feira (3/7). Com isso, a moeda americana deu uma trégua às constantes elevações registradas nos últimos dias; ainda assim, avançou 14,75% neste ano. Por volta das 17h30, a Bolsa brasileira (B3) também operava no campo positivo, em alta de 0,70%, aos 125.661 pontos.

Ao longo do dia, o mercado acompanhou com atenção os desdobramentos da reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros integrantes da equipe econômica do governo. Nos últimos dias, Lula fez seguidas críticas ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e ao mercado, o que não voltou a ocorrer nesta quarta-feira.

Ao contrário. Em evento no Palácio do Planalto, Lula afirmou que a responsabilidade fiscal é “um compromisso do governo”. “A gente não joga dinheiro fora”, disse o petista.

Além disso, dados sobre a criação de empregos nos Estados Unidos também reduziram as turbulências no mercado brasileiro. A economia americana criou 150 mil postos de trabalho em junho, ante uma expectativa de 160 mil do mercado.

Esse tipo de informação fornece indícios, ainda que tênues, de desaquecimento da economia americana, o que contribui para alimentar a expectativa de uma redução da taxa de juros dos EUA – algo positivo para economias emergentes, como é o caso do Brasil (leia mais sobre o assunto neste link).

Ainda em relação ao dólar, o real desvalorizou mais do que o peso argentino no primeiro semestre deste ano, de acordo com análise feita pelo economista Márcio Holland, professor na Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV-EESP), e ex-secretário de Política Econômica no Ministério da Fazenda (2011-2014).

Na verdade, diz Holland, a moeda brasileira apresentou a maior desvalorização entre 12 economias emergentes. Nesse período, ela registrou queda de 15%, ante um recuo médio de 4,4% anotado nos demais países integrantes do bloco – que inclui, por exemplo, Argentina, Turquia, México e China.

Fonte: Metrópoles

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