Manaus – O casal Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, dono da rede de supermercados Vitória, continua livre e impune, após mais de dois anos do assassinato encomendado do sargento do Exército Brasileiro Lucas Ramon Guimarães. O crime ocorreu no dia 1° de setembro de 2021 em uma lanchonete no bairro Praça 14 de Janeiro, em Manaus.

Mandantes

Apesar de serem acusados de serem mandantes do assassinato, Joabson e Jordana foram soltos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda aguardam julgamento. Logo após o crime, ocorrido em setembro de 2021, o casal foi preso ao se apresentar na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), mas dois meses depois, obtiveram um habeas corpus e foram soltos.

Liminar

Em fevereiro de 2022, eles foram presos novamente durante a Operação “Lucas 8:17”, juntamente com Romário Vinente Bentes, considerado braço direito de Joabson, e Kamila Tavares da Silva. No entanto, nove dias depois, o casal foi solto mais uma vez por meio de uma liminar do ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Reynaldo Soares da Fonseca.

Provas

A defesa de Joabson e Jordana alega que a investigação da Polícia Civil não conseguiu comprovar a participação dos suspeitos no crime ou que eles teriam encomendado o assassinato. Essa falta de provas tem sido utilizada como argumento para manter o casal em liberdade até o julgamento.

No mês de agosto de 2022, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) realizou a denúncia formal dos seis acusados pelo assassinato do sargento. Após o encerramento do inquérito policial em abril de 2022, a família do sargento agora aguarda o desenrolar do processo até o julgamento dos acusados.

Pistoleiro

O executor do crime, Silas Ferreira da Silva, foi preso apontado como o pistoleiro do assassinato. Ele teria recebido R$ 65 mil reais para tirar a vida do sargento. Romário Vinente Bentes, gerente da rede de supermercados, Kamylla Tavares da Silva, Kayandra Pereira Castro, Kayanne Castro Pinheiro dos Santos são investigadas no inquérito por intermediarem a contratação de Silas, junto com Romário.

Traição

As investigações da Polícia Civil do Amazonas apontam que o sargento Lucas estaria envolvido romanticamente com Jordana, o que foi descoberto pelo marido dela, Joabson. Inconformado com a traição, Joabson teria ordenado a execução do amante de sua esposa. O delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), revelou em coletiva de imprensa na época, que Jordana não apenas estava ciente do plano para assassinar o militar, como também contribuiu com informações valiosas que auxiliaram na execução do crime.

Segundo o delegado, Jordana tinha pleno conhecimento da trama que culminou na morte de Lucas. No entanto, ela optou por se omitir e não tomar nenhuma atitude para impedir o ocorrido. Além disso, Jordana forneceu informações sobre os hábitos e rotinas do sargento, contribuindo para o sucesso do assassinato.

A família de Lucas aguarda por Justiça desde a época do crime.

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