BRASIL – O depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, continua a trazer à tona informações importantes sobre ações do ex-presidente e aliados durante e após as eleições de 2022.

Confirmadas por três fontes ligadas ao caso, Cid detalhou em um trecho de sua delação premiada que Michelle e Eduardo Bolsonaro incitaram Jair a tentar um golpe de estado no Brasil.

O material da delação premiada está sob análise da equipe do subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos. O plano golpista, segundo Cid, não avançou devido à discordância dos comandantes militares.

Pelo cargo que ocupava, Cid era testemunha direta das conversas entre Bolsonaro e seus colaboradores. O tenente-coronel descreveu as articulações pós-eleição, mencionando a resistência de Bolsonaro em seguir as sugestões de um grupo moderado, que incluía o senador Flávio Bolsonaro, para acalmar os manifestantes golpistas. Cid também apontou a existência de um grupo radical, no qual Michelle e Eduardo Bolsonaro estariam envolvidos, incitando o ex-presidente a buscar um golpe.

Em setembro de 2022, Bolsonaro discutiu uma minuta golpista, mas apenas o comandante da Marinha apoiou a iniciativa, enquanto os chefes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contra.

As acusações foram rebatidas pela defesa de Jair e Michelle Bolsonaro, que as classificou como “absurdas” e carentes de elementos de prova. Eduardo Bolsonaro afirmou que a delação foi considerada “fraca, inconsistente e sem elementos de prova” pelo subprocurador Carlos Frederico.

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