BRASIL – A campanha de Jair Bolsonaro (PL) tem orientado o mandatário a dar uma trégua na briga com o Judiciário. A avaliação interna é que Bolsonaro precisa de concentração máxima na disputa eleitoral e, para isso, precisa focar principalmente em um adversário: Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O lema que tem sido passado a Bolsonaro é que ninguém vai para uma guerra com duas frentes de batalha e por isso o alvo agora é entrar de vez na briga com o candidato à Presidência pelo Partido dos Trabalhadores

A equipe de campanha do presidente está de olhos atentos ao tamanho do comício em Minas Gerais. A ideia é avaliar com lupa o volume de participantes desse evento de campanha para saber se o ato terá a mesma proporção que as pesquisas de intenção de voto estão mostrando.

Lula irá a Belo Horizonte nesta quinta-feira (18), onde discursará em comício na capital mineira ao lado do candidato ao governo do estado pelo PSD, o ex-prefeito Alexandre Kalil, apoiado pelo PT.

O QG bolsonarista avalia que quem está na lideranças em todas as pesquisas precisa ter um comício a altura. A avaliação interna é que Bolsonaro tem tido mais audiência nas redes sociais. A leitura é que no cenário virtual Bolsonaro tem mostrado mais a participação do eleitorado do que Lula.

Os integrantes da campanha querem ver se esse eleitor que está nas pesquisas, e que mostra a intensão de votar em Lula, estará de fato aparecendo nas ruas, estará comparecendo nos eventos do seu candidato.

Pesquisa Genial/Quaest

A última pesquisa Genial/Quaest para as eleições presidenciais de 2022, divulgada nesta quarta-feira (17), traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 45% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 33%.

A equipe de campanha avalia que enquanto Lula quer definir a eleição no primeiro turno, o time de Bolsonaro vê duas eleições. Vê um 1º turno como uma forma de se cacifar, para mostrar que tem condições de ir para o segundo turno que é quando a eleição de fato será decisiva. A avaliação é que  efeito político disso pode ser determinante para o desfecho das eleições.

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