Mundo – Neste domingo, 13, os argentinos votam nas primárias, chamadas de PASO (Primárias abertas, simultâneas e obrigatórias). A etapa definirá quais serão os nomes na eleição presidencial, que terá o primeiro turno em 22 de outubro, e serve para testar a força de cada candidato nas urnas.

A disputa principal se dá entre a coalizão no governo, de esquerda, a oposição de centro-direita e um nome que tenta ser uma terceira via, Javier Milei. Deputado, ele tem chamado a atenção com uma retórica agressiva contra os políticos tradicionais e a defesa de medidas radicais, como acabar com o Banco Central e adotar o dólar como moeda argentina.

Na última segunda, 7, Milei fez um comício de encerramento em uma arena de shows lotada em Buenos Aires. Mais de 15.000 pessoas foram vê-lo e o saudaram com gritos como “que se vayan todos”.

Filiado ao pequeno partido A Liberdade Avança, ele tem atraído eleitores de direita e extrema-direita. O candidato ganhou fama ao participar de programas de TV dando opiniões polêmicas e fazendo ataques com ironias aos adversários, feitos na medida para chamar a atenção. Sua trajetória vem sendo comparada à de nomes como Donald Trump e Jair Bolsonaro. O ex-presidente brasileiro declarou apoio a Milei

Milei se coloca como alternativa aos políticos tradicionais, em um momento que muitos deles desistiram de concorrer. O atual presidente, Alberto Fernández, não quis tentar a reeleição. Os ex-presidentes Cristina Kirchner (2007-15), atual vice, e Mauricio Macri (2015-19), de centro-direita também declinaram.

Com isso, o ministro da Fazenda, Sergio Massa, é o principal nome do governo na disputa. Massa integra a coalizão Unión por la Patria, que reúne nomes ligados ao peronismo, e disputará a nomeação com Juan Grabois, líder de movimentos sociais.

Fonte: Exame

Artigo anteriorHomem afirma que foi agredido e furtado por seguranças de Gusttavo Lima
Próximo artigoMinistra defende volta da cota para filmes brasileiros