Nesta sexta-feira, 08/04, o nível do rio Negro, em Manaus, atingiu 27,70m, no Porto de Manaus. Com isso, o rio já atingiu a cota de alerta para cheia que, segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), é de 27,50m. Seis municípios do Amazonas já decretaram situação de emergência.

Em 2021, quando foi registrada a maior cheia dos últimos 119 anos, neste mesmo dia, o rio Negro também chegava a 27,70 m. No ano passado, o rio Negro atingiu a marca de 30,02 m, em junho.

Na última terça-feira, 05/04, o nível do rio atingiu a cota de alerta, em Manaus, chegando a 27,51m. De acordo com o CPRM, quando o rio chega a marca de 27,50m, a água começa a invadir ruas do bairro São Jorge, na zona oeste.

No mesmo dia, a prefeitura deu início a Operação Cheia 2022. Para este ano a Defesa Civil do Município prevê a construção de mais de 10 mil metros de pontes em vários bairros da capital, durante o período de cheia.

Capital – Manaus tem mais de 300 áreas catalogadas que deverão ser afetadas pela cheia, com inundações ou alagações, o que corresponde a aproximadamente 19 bairros. Estima-se que, pelo menos, 4 mil famílias sejam atingidas pela cheia que, este ano, promete ultrapassar a marca de 29 metros.

A previsão é iniciar nesta sexta-feira, 08/04, reunião no Centro de Cooperação da Cidade (CCC), com o colegiado do Comitê de Gestão de Crises, para alinhar as atividades de todas as pastas municipais envolvidas na operação.

“Independentemente do alerta dado pelo CPRM (Serviço Geológico do Brasil), a equipe da Defesa Civil sempre se prepara para a pior cheia de todos os tempos. Dessa forma, nós conseguimos antecipar os sinistros e agilizar as respostas para as pessoas afetadas pelo fenômeno natural”, informou o secretário-executivo da Defesa Civil do Município, Fernando Júnior.

Interior – No interior do Amazonas a situação é mais grave, muitas cidades já estão embaixo d’água. O relatório desta quinta-feira, 07/04, da Defesa Civil do Amazonas, realizado por meio do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), aponta as cidades que já estão em situação de atenção, alerta e emergência.

“Estão sobre decreto de situação de emergência seis municípios, sendo que cinco deles na calha do Juruá e um na calha do Purus”, informou o tenente Charles Barroso, do Corpo de Bombeiros e que é chefe de monitoramento e alerta da Defesa Civil do Amazonas.

As cidades mais afetadas e que estão em estado de emergência, são: Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé e Boca do Acre. Nessas localidades a cheia já afeta a vida de 55.182 pessoas, um total de 14.083 famílias.

Dos 62 municípios, 15 estão em situação de atenção. São elas: Tapauá, Beruri, Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Jutaí, Fonte Boa e Santa Isabel do Rio Negro.

Em alerta estão 31 cidades: a capital Manaus, Carauari, Juruá, Pauini, Lábrea, Canutama, Borba, Nova Olinda do Norte, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba, Manaquiri, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Silves, Autazes, Urucurituba, Itapiranga, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Nhamundá, Urucará, São Sebastião do Uatumã, Parintins e Maués.

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