BRASIL – Quase quatro anos depois de sofrer um atentado a faca em ato eleitoral em Juiz de Fora (MG), o presidente Jair Bolsonaro (PL) volta, nesta sexta-feira (15), à cidade mineira pela primeira vez. O retorno de Bolsonaro ao local em que costuma dizer que ganhou uma “segunda vida” teve vaivém, dado o momento de acirramento político.

Aliados defendiam que a visita não ocorresse nesta semana, após um episódio que reacendeu discussões sobre violência política no país. No último sábado (9), Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, foi morto a tiros em Foz do Iguaçu pelo policial penal federal Jorge Guaranho, apoiador declarado de Bolsonaro. A avaliação final no entorno do presidente foi de que o caso foi um fato isolado.

Em reação, Bolsonaro tem dito que também foi vítima de um ato motivado por disputas políticas. Ele cumpria compromisso de campanha no dia 6 de setembro de 2018 quando um homem, posteriormente identificado como Adélio Bispo, o esfaqueou na região do abdômen.

Apesar de a Polícia Federal (PF) apontar que não houve um mandante, o presidente insiste até hoje que as investigações não foram completas. A Justiça considerou o autor do crime inimputável em razão de doença mental.

O estado que acerta o presidente desde 1989

Segundo maior colégio eleitoral, Minas é considerado um dos “estados-chave” pela campanha de Bolsonaro. Há quatro anos, o atual presidente da República venceu com 58,19% dos votos dos mineiros, no segundo turno, e honrou tradição seguida desde 1989, segundo a qual o presidente eleito sempre vence a disputa no estado.

Segundo as últimas pesquisas, quem lidera a corrida eleitoral neste ano em Minas é Lula (PT). Levantamento da Quaest/Genial divulgado na última sexta-feira (8) mostra o petista com 46%, ante 28% de Bolsonaro.

Lula também tem vantagem por já ter um palanque consolidado no estado. O petista irá apoiar o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) ao governo do estado.

Segundo a pesquisa Quaest/Genial, Zema tem 44% das intenções de voto, enquanto o ex-prefeito Kalil tem 26%. O bolsonarista Carlos Viana, do PL, pontuou 2%. Os demais candidatos apresentaram 1%. Brancos, nulos e eleitores que não pretendem votar marcaram 9%. Indecisos representaram 15%.

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