Amazonas – Entre o mês de abril de 2019 e abril deste ano, o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, localizado na Zona Norte de Manaus, teve um aumento de 650% no número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), passando de 10 para 75, de acordo com a Susam (Secretaria de Saúde do Estado). A unidade hospitalar é referência no tratamento de pacientes que testaram positivo para o novo coronavírus no Amazonas.

O aumento no número de leitos do Hospital começou bem da chegada do vírus no Estado, anunciada no início deste ano, evitando um colapso antecipado na rede pública de saúde no período em que a propagação do novo coronavírus se iniciou no Estado.

Logo quando assumiu o governo, no início do ano passado, Wilson Lima (PSC), inaugurou dez leitos de UTI na unidade hospitalar que na época, só contava com dez leitos nessa modalidade, somando um total de 170 leitos ativos (incluindo os clínicos) e 216 que aguardavam liberação para instalação.

A expectativa é que o número de leitos de UTI do Delphina Aziz chegue a 100 nos próximos meses, isso dependendo da chegada de novos respiradores mecânicos doados ou comprados pelo Estado, totalizados mais 250 leitos clínicos.

A medida, adotada pelo Governo, leva em consideração a população do Amazonas e indicadores que colocam Manaus como a terceira cidade brasileira, com média de casos de coronavírus acima da nacional, perdendo apenas para São Paulo e Fortaleza. A recomendação do Ministério da Saúde (MS), que tem prestado apoio ao Estado durante a pandemia, é que as medidas de distanciamento social sejam analisadas e ampliadas, se necessário.

Percentual de leitos de UTI caiu no Amazonas nos últimos anos

Dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação de Medicina Brasileira Intensiva (AMIB), apontam que o aumento da população no Amazonas não influenciou na redução do número de leitos de UTI entre 2016 e 2018, passando de 2,33 leitos para 1,24 leitos para cada dez mil amazonense.

Um estudo publicado pela AMIB mostra que, no ano de 2016, o Estado do Amazonas contava com 489 leitos de UTI em várias especialidades, entre elas pediátricos, adulto e pediátrico.

Na época, 32 hospitais no Amazonas, sendo 19 da rede pública tinham UTI. Não há o número exato de leitos no SUS e na rede privada no Estudo.

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