Manaus – Na última sexta-feira (28), a Polícia Federal (PF), informou que fez a maior apreensão de dinheiro que poderia ser usado para comprar votos nas eleições que ocorrem neste domingo (30), Cerca de R$ 2 milhões foram apreendidos e duas pessoas foram presas.
Conforme informações, uma das pessoas presas pela PF seria o empresário Francisco Timoteo de Castro, dono da Livraria e Editora Mens’Sana; seu filho Victor Hugo também foi preso. O fato ocorreu em uma agência do Banco do Brasil, no Centro de Manaus.
Na ocasião, nenhum dos dois souberam explicar a origem do dinheiro. Ainda conforme informações, o empresário teria ligação com o candidato Eduardo Braga (MDB).
A Polícia Federal informou que durante a operação, os presos estavam acompanhados de um carro forte para fazer o transporte do montante. Pai e filho devem responder pelo crime “caixa dois”, com pena de cinco anos de reclusão.
No dia 6 de outubro deste ano foi publicado no Diário Oficial do Governo do Acre, onde mostra que um contrato no valor de R$ 15.960.000,00 para a livraria de Francisco Timoteo foi aprovado, o que levanta suspeitas.
A empresa Etam, que pertence à Eládio Cameli, apontado como o maior empreiteiro da gestão do ex-governador Eduardo Braga (MDB), e pai do governador do Acre Gladson Cameli, foi acusada de participar de esquema de propinas para financiar campanhas eleitorais pelo Brasil, em 2017.
Segundo delação premiada da operação Lava Jato do ex-executivo da Odebrecht, Arnaldo Cumplido de Souza e Silva a Etam fazia contratos fictícios para pagar propina aos ex-governadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga.
Conforme a delação de Cumplido, ele assumiu a responsabilidade pela obra como diretor da Camargo Corrêa e seu antecessor, Marco Antônio Costa o informou sobre detalhes técnicos e comerciais do contrato que citavam os “pagamentos indevidos” a Aziz e Braga.
A empresa Etam foi contratada para fazer obras de vias de acesso à Ponte Rio Negro, tanto no lado de Manaus, quanto no lado de Iranduba.
