Milhares de entregadores de sete centros de distribuição da Amazon nos Estados Unidos entraram em greve nesta quinta-feira, 19, segundo o sindicato International Brotherhood of Teamsters. O número total de grevistas não foi divulgado.

Os motoristas, que são contratados por empresas terceirizadas pela Amazon para entregar pacotes, reivindicam melhores condições de trabalho. A Amazon argumenta que não tem obrigação de negociar com os motoristas, pois eles não são seus empregados diretos. No entanto, o sindicato afirma que a empresa controla as condições de trabalho, o que a torna responsável pelas negociações.

O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB) investigou esses casos e reconheceu os motoristas como empregados da Amazon, acusando a empresa de violar a lei ao se recusar a negociar com eles.

O maior grupo de trabalhadores da Amazon está em um armazém de Staten Island, que emprega mais de 5 mil pessoas. Em 2022, os funcionários desse armazém votaram pela sindicalização, mas a empresa contesta o resultado da eleição.

A Amazon costuma terceirizar suas entregas, contratando várias empresas para o serviço. O sindicato aborda cada uma dessas empresas individualmente, buscando sua filiação. Até agora, a maioria dos proprietários das empresas não assinou a adesão.

Em resposta, a Amazon afirmou que os grevistas são de fora e não são funcionários ou parceiros da empresa. “Eles não conseguiram apoio suficiente de nossos funcionários e trouxeram pessoas de fora para assediar e intimidar nossa equipe”, disse a empresa em comunicado.

Os Teamsters haviam dado à Amazon até 15 de dezembro para começar as negociações com os motoristas e funcionários dos armazéns. A greve começou após a empresa não cumprir o prazo.

“Se o seu pacote atrasar durante as festas de fim de ano, culpe a insaciável ganância da Amazon”, afirmou Sean O’Brien, presidente dos Teamsters. “Demos à Amazon um prazo claro para fazer o certo, mas eles ignoraram.”

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