Moradora do bairro Grande Vitória, na zona Leste de Manaus, a estudante amazonense Marcela Meireles Leocádio, de 18 anos, foi um dos destaques na segunda edição da premiação nacional do “Projeto Pioneiros”, promovido pela holding Aegea, que visa estimular a inovação e a criatividade entre jovens de todo o Brasil. Presente em 126 cidades do país, a Aegea atua na capital amazonense desde 2018, através da concessionária Águas de Manaus.

Com o tema “Renovando a interação entre as comunidades locais e suas Estações de tratamento de esgoto (ETE´s)”, o projeto de Marcela faturou o segundo lugar geral da etapa nacional. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (01), em evento realizado de maneira virtual e transmitido ao vivo pelo canal do Youtube da Aegea. A amazonense concorreu com outros 106 estudantes de dez cidades do país.

Em seu projeto, Marcela propõe a criação de espaços de uso público no entorno ou dentro das unidades geridas pela Águas de Manaus na cidade. Entre reservatórios, elevatórias e estações de tratamento, a concessionária possui mais de 350 espaços espalhados pelos bairros da capital. Implantar hortas comunitárias, academias ao ar livre e quadras de esporte são algumas das sugestões feitas por Marcela.

Além disso, a estudante ainda sugere no projeto que materiais como garrafas pet e pneus, que geralmente são descartados na natureza e demoram anos para se decompor, sejam utilizados na estrutura dos novos espaços comunitários. Para Marcela, a educação ambiental também pode ser melhor trabalhada a partir da integração entre comunidade e empresa.

O projeto de Marcela foi escolhido, por uma banca técnica, como o melhor entre os concorrentes de Manaus. E ficou com a segunda colocação na premiação nacional do “Pioneiros”, em meio a mais de 100 projetos.  Ao saber do resultado, ela não se conteve. “Ainda não estou acreditando que fui a primeira colocada em minha cidade e a segunda melhor do Brasil! Isso jamais passou pela minha cabeça. Eu fico muito feliz, afinal, todos os projetos eram muito bons. Quando pensei no projeto, olhei muito para a situação da minha comunidade, que é um lugar carente, sem muitas opções de lazer. Essa é uma necessidade de muitos outros bairros também. Ter espaços públicos simples, para o uso de todos, pode beneficiar a vida de muita gente”, disse a estudante, que concluiu o ensino médio em 2020, na Escola Estadual Roderick de Castelo Branco, no bairro São José 4. Ela já fez o Enem e agora, sonha em cursar Serviço Social. “Vou levar os ensinamentos do Pioneiros para a vida. O Pioneiros abriu minha mente e me fez entender muita coisa sobre o saneamento básico e como cada um precisa fazer sua parte para que ele funcione integrado à natureza. Agradeço muito a oportunidade por todo o conhecimento oferecido”, disse.

INOVAÇÃO

Amazonense concorreu com mais de 100 estudantes de todo o país e conseguiu lugar de destaque na premiação do Projeto Pioneiros.

Além de Marcela, que foi vice-campeã na etapa nacional, outros dois projetos locais foram premiados pela Águas de Manaus na manhã desta segunda-feira (01). “A importância do saneamento básico na comunidade do Núcleo 15 e os impactos ambientais no igarapé do Goiabinha”, dos estudantes Luis Mário Silva de Souza (E.E. Júlio César de Moraes) e Adrian de Souza da Silva (Escola Estadual Waldock Fricke de Lira) e “Reutilização do óleo saturado para a fabricação do sabão”, da dupla Ana Beatriz Rodrigues e José Emiliano da Silva Neto (ambos da Escola Estadual Ângelo Ramazzotti). Todos receberam certificados e cartões presentes como premiação. Eles também vão concorrer a vagas para estágios e processos de menor aprendiz na concessionária.

A Águas de Manaus também pretende aproveitar as ideias vai avaliar a implementação dos projetos finalistas. O diretor-presidente da concessionária, Thiago Terada, parabenizou os estudantes e enfatizou a importância de ações que estimulam a criatividade e o pensamento crítico nos jovens. “O pioneiro é um desbravador e eu vejo esse espírito em todos que participaram da etapa em Manaus. É um orgulho enorme poder participar da evolução pessoal de cada jovem envolvido no projeto. A premiação é só o início de uma jornada profissional e todos tem um futuro brilhante pela frente”, destacou.

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