A quarentena na China para conter a disseminação do novo coronavírus completará dois meses com um efeito colateral: os casos de violência doméstica triplicaram. Se o mesmo ocorrer no Brasil — e é isso que preveem órgãos internacionais de proteção feminina, como a ONU Mulheres —, o número de casos pode ter, em alguns meses, um aumento igual ao que foi registrado em anos. Em relação aos outros tipos de violência, especialistas ouvidas por Universa afirmam que há mais dois grandes perigos desse período: o aumento de casos de violência sexual, principalmente contra crianças, e as tentativas de feminicídio. Isso não significa, porém, que o isolamento social é o culpado pelo caos.

“A violência contra a mulher já era uma epidemia antes do coronavírus. Agora, será potencializada. A gente precisa tentar proteger as vítimas ao máximo, e não fingir que não vê”, afirma a advogada Gabriela de Souza, do escritório Advocacia para Mulheres, de Porto Alegre. “Nos últimos dias, recebi mais pedidos de ajuda por ameaças de morte do que havia recebido em meses.”

Fonte: www.uol.com.br

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