Manaus – Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus, não disputará cargo no pleito eleitoral deste ano após atuar como político por 42 anos. Ele não se filiou a nenhum partido político e está fora da corrida eleitoral. Arthur foi prefeito de Manaus por dois mandatos consecutivos e teve uma administração bastante contestada, principalmente nos últimos anos de mandato e acumulou algumas polêmicas.

A mais recente, foi o conflito de Arthur foi contra Jair Bolsonaro, quando ambos exerciam seus cargos em 2020, quando Manaus enfrentava duramente a pandemia de Covid-19. Na ocasião, o ex-presidente Bolsonaro chamou Arthur Neto de “bosta”.

Durante uma reunião ministerial realizada no dia 22 de abril de 2020, Bolsonaro chamou Arthur de “bosta” pelo fato do ex-prefeito ter aberto covas coletivas para o enterro de vítimas da Covid-19. Na mesma reunião, Bolsonaro também chamou Arthur de “Vagabundo”.

Em resposta Arthur emitiu uma nota onde afirmou que os insultos do então presidente Bolsonaro “representam um verdadeiro “strip-tease moral” feito por quem não tem a mais mínima condição de governar o Brasil”. Em abril daquele ano, Arthur Neto chorou durante entrevista na CNN ao falar dos mortos por covid e cobrou o então presidente. O choro de Arthur virou manchete em diversos veículos de comunicação.

Já em 2022, o ex-prefeito anunciou em suas redes sociais que doou R$ 1.000 para apoiar a candidatura de Bolsonaro nas eleições presidenciais e tentou uma aproximação com o ex-presidente, mesmo sendo chamado de “bosta” e “vagabundo” pelo mesmo.

Agora, em 2024, Arthur participou da manifestação convocada pelo ex-presidente na Avenida Paulista, em São Paulo, vestido de verde e amarelo. “A manifestação vai além da defesa de Bolsonaro. É um evento em prol do Estado democrático e das instituições”, disse Artur Virgílio. Apesar de Arthur não disputar nenhum cargo este ano, em contrapartida seu filho, Arthur Bisneto se filiou ao PL de Bolsonaro e segue os “princípios da direita”.

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