EUA – A passagem de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do foragido Paulo Figueiredo pelo Departamento de Estado dos EUA, na quarta-feira (15), para tentarem melar o encontro entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o titular da pasta norte-americana homóloga, Marco Rubio, que se reuniriam no dia seguinte (16), foi algo vexatório e constrangedor. Quem contou o que rolou dentro do The Harry Truman Building foi a jornalista Maria Cristina Fernandes, do programa Central GloboNews, da emissora de TV a cabo do Grupo Globo.

“O relato que se tem é que os dois chegaram lá e foi uma passagem fugidia. Disseram para eles: ‘Olha, mudou a agenda, mudaram as prioridades. Por causa da China, a gente está precisando do Brasil’. E puseram os dois para correr… Eles passaram raspados pelo Departamento de Estado. Não se demoraram lá. Não conseguiram ser recebidos pelo Rubio”, disse Maria Cristina.

Confirmando o relato da profissional de imprensa, a reunião de Vieira e Rubio transcorreu normalmente na quinta-feira (16), na Casa Branca, com os dois se pronunciando posteriormente e dizendo que a conversa foi “positiva” e em “tom cordial”. Os dois responsáveis pelas Relações Exteriores das duas nações relataram também que uma agenda com as principais demandas foi instituída e que tudo será encaminhado daqui para frente, culminando com uma reunião presencial entre os dois presidentes, Lula e Donald Trump, que deve ocorrer em novembro.

Nas redes, apesar do vexame, Eduardo e Figueiredo seguiram com a megalomania de dizer que “conversaram com as autoridades norte-americanas” e que “nada muda nas relações entre Brasil e EUA”, que vinham bastante deteriorada desde a posse de Trump, em janeiro deste ano, quando o ocupante da Casa Branca passou a fazer ataques verbais ao Brasil, se solidarizando com Jair Bolsonaro, o ex-presidente condenado a 27 anos de prisão pelo STF, e que acabou se desdobrando para um tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os EUA.

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