Brasil – O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse nesta quarta-feira, 31, que há uma “perseguição” contra a família Bolsonaro pela Polícia Federal (PF) e que a operação mais recente contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) teve o objetivo de capturar os celulares do próprio vereador, dele, do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Flávio deu a declaração logo após reunião de parlamentares da oposição com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para discutir as operações da PF contra deputados e senadores.

“O que se discutia inicialmente na primeira equipe que chegou à residência em Angra (era) se iam apreender os celulares dos quatro políticos. O alvo era apenas o Carlos (Bolsonaro). Por que isso? Fica mais claro que o que querem é ter um desdobramento para pegar os quatro de uma vez só. Não por acaso, após a live de domingo, em que nós quatro estávamos presentes, na madrugada de domingo para segunda, Moraes assina mandado de busca e apreensão já com o endereço de Angra dos Reis. Então, havia sim uma intenção não republicana de apreender todos os aparelhos dos quatro Bolsonaro”, afirmou Flávio.

Na segunda-feira, 29, dia da operação, Eduardo Bolsonaro já havia falado que os agentes cogitaram apreender o celular dele, do pai e de Flávio Bolsonaro.

O senador e filho mais velho do ex-presidente afirmou que “fica claro para a população que o que está acontecendo (as recentes operações contra bolsonaristas) é uma perseguição”. Bolsonaro usou o mesmo termo, na segunda, para se referir à ação.

Flávio Bolsonaro acusou a Polícia Federal de ter uma “PF paralela” – usando o termo que tem sido utilizado para se referir à suposta existência do que investigadores dizem ser uma estrutura extraoficial na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente adversários políticos do clã Bolsonaro – e disse que essas operações “estão acabando com a credibilidade da Polícia Federal”.

Nesta segunda-feira, 29, a PF realizou buscas e apreensões na casa e no gabinete de Carlos Bolsonaro no Rio. Os investigadores acreditam que, durante o governo Bolsonaro, existia uma “Abin paralela” que servia para atender a interesses políticos e pessoais do ex-presidente e de sua família. A ação contra Carlos foi um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada que, no último dia 25, mirou o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi diretor-geral da agência de inteligência entre 2019 e 2022.

Fonte: Estadão

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