Nesta segunda-feira (28), a Total, petroleira francesa, anunciou que fechou acordo para transferir sua participação em cinco blocos exploratórios na Foz do Amazonas, na Amazônia, para a estatal Petrobras.
Os ativos foram arrematados em um leilão realizado em 2013 por consórcio liderado pela Total e que ainda inclui a britânica BP, mas as empresas não conseguiram avançar com a exploração.
Vale ressaltar que, no passado, o Ibama rejeitou quatro vezes um pedido da Total por licença ambiental para perfuração na bacia, que fica a 120 quilômetros da costa do Brasil.
Em nota, a Petrobras disse que entrou em acordo com a Total para assumir “a operação e a integralidade das participações” da empresa nos blocos, que ficam a 120 quilômetros da costa do Amapá, em águas profundas.
Porém, a estatal alegou ainda que a concretização da negociação fica sujeita a aprovação de órgãos reguladores.

Geólogos afirmam que a área pode conter até 14 bilhões de barris de petróleo, mais que as reservas provadas do Golfo do México. Segundo a Petrobras, a área é uma “fronteira exploratória de alto potencial”.
No entanto, ambientalistas vêm tentando evitar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas desde que um enorme recife de corais foi descoberto no local.
A Total já havia afirmado no início de setembro que desistiria de seu papel como operadora no projeto.
O Greenpeace comentou nesta segunda-feira que os recifes do rio Amazonas seriam definitivamente poupados se a BP e a Petrobras também desistissem do empreendimento.


