Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, investiu mais de R$ 1,5 mil na compra de fogos de artifício em uma loja de Ceilândia, no Distrito Federal, nos dias 5 e 6 de novembro. Ele morreu ao realizar um ataque com explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de 13 de novembro, após alterar de forma caseira os artefatos para aumentar sua potência.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou que Francisco efetuou duas compras consecutivas: uma de R$ 295 no dia 5 e outra de R$ 1.250 no dia 6, ambas pagas com cartão de débito. Imagens de câmeras de segurança mostram o homem deixando a loja com uma caixa de fogos. A loja, que vende produtos autorizados, não está sendo investigada, e os proprietários colaboram com as investigações.
Planejamento detalhado
Francisco havia se mudado de Santa Catarina para o Distrito Federal há três meses, alugando uma casa na QNN 7, em Ceilândia, desde junho de 2024, embora já pagasse aluguel desde 2023. Em Brasília, mantinha uma rotina aparentemente tranquila, mas sinais de insatisfação e instabilidade emocional começaram a surgir.
Nas redes sociais, ele deixou mensagens que indicavam o planejamento do atentado. Em uma publicação feita na véspera do ataque, escreveu: “Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc. Início 17h48 horas do dia 13/11/2024… O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!!!”
Antes de viajar para Brasília, Francisco informou a um dos filhos que tinha compromissos de trabalho e mencionou “problemas pessoais com a mãe”. Ao caseiro de sua residência em Rio do Sul (SC), disse que “iria à praia para descansar”. Testemunhas relataram que ele estava visivelmente abalado e enfrentando dificuldades emocionais.
Cronologia dos fatos
Com base em depoimentos, registros policiais e imagens de câmeras de segurança, é possível reconstruir os últimos passos de Francisco antes do ataque, sugerindo um planejamento meticuloso para a ação que resultou na tragédia.
