BRASIL – A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta sexta-feira (11) com foco na investigação da suposta tentativa de comercializar, de maneira ilegal, presentes oferecidos a Jair Bolsonaro por delegações estrangeiras. A ação investigativa também envolve Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, que desempenhou um papel central na alegada comercialização irregular desses itens, destaca a jornalista Andréia Sadi em seu blog.

A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que trata das milícias digitais, resultou na execução de mandados em diferentes localidades, incluindo Brasília, São Paulo e Niterói (RJ).

Juntamente com Wassef, a operação concentra-se em Mauro César Lourena Cid, general do Exército, que compartilhou os bancos acadêmicos da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) com Bolsonaro durante os anos 1970. Durante a administração Bolsonaro, o general ocupou um cargo federal em Miami associado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

As investigações apontam que o general tinha a responsabilidade de negociar as joias e outros bens nos Estados Unidos, e inclusive recebia os valores provenientes dessas transações diretamente em sua conta bancária. A operação visa lançar luz sobre as alegações de comercialização ilícita desses presentes oficiais e investigar a possível participação de pessoas próximas ao ex-presidente no processo.

Artigo anteriorOperação da PF mira pai de Mauro Cid por suposto desvio de bens valiosos doados ao Brasil
Próximo artigoCade investiga a Rede Globo por transmissão do Brasileirão