O diretor-presidente em exercício da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Cristiano Fernandes, afirmou neste domingo (31/01) que todas as vacinas contra o novo coronavírus em uso no País, incluindo a AstraZeneca, seguem critérios rigorosos de qualidade e tiveram sua eficácia e segurança atestadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A FVS-AM reforça a importância da imunização no combate à Covid-19, sobretudo para a população idosa, mais vulnerável às complicações da doença. Além da Anvisa, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) também aprovou o uso da AstraZeneca inclusive para idosos acima de 65 anos. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também se manifestou sobre a segurança desse imunizante contra a Covid-19 na população idosa.

Evento adverso

A FVS-AM esclarece que o caso de óbito de um idoso, notificado pela Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa) no sábado (30/01) como evento adverso após a vacinação com a AstraZeneca, está sendo investigado pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), da FVS em parceria com a Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD).

A investigação segue protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS) no Plano Nacional de Imunização (PNI), em acordo com a Organização Panamericana de Saúde (OPAs) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), explica Solange Dourado de Andrade, infectologista responsável pela investigação de eventos pós-vacinais do Crie e também integrante do Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos (Cifavi), do MS.

“Quando há um evento adverso o Crie investiga seguindo protocolos pré-estabelecidos. Neste caso específico notificado pela Semsa já iniciamos as investigações, com exames, coleta da história do paciente, preenchimento de questionários e outras análises”, afirmou Solange.

A infectologista disse, ainda, que pelo fato do idoso que veio a óbito fazer parte de uma faixa etária em que é mais comum a existência de comorbidades, de riscos inerentes à idade, é preciso investigar a causalidade do evento.

A previsão é que o laudo definitivo da necrópsia realizada no idoso, com autorização da família dele, fique pronto em 30 dias. Solange Andrade afirma, no entanto, que a população não deve temer o uso da vacina, que já tem comprovada a sua eficácia, segurança e imunogeneicidade, que é a capacidade da vacina estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos. “Certamente a vacinação tem um impacto muito importante na proteção dos idosos contra a Covid. Por isso é importante que confiem na eficácia da vacina, já comprovada inclusive pela agência reguladora europeia”, disse Solange.

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