Brasil – Um jogo cuja proposta era simular ser um proprietário de escravos ficou disponível na loja do Google até esta quarta-feira (24), causando indignação nas redes sociais. Intitulada Simulador de Escravidão, a plataforma incluía opções para compra e venda de escravos, métodos de tortura e estratégias para impedir fugas.

Lançado no último sábado (20), o jogo chegou a ter mais de mil downloads e 70 avaliações na Play Store, totalizando uma média de 3,9 de aprovação em um total de 5. Nos espaço para comentários, internautas deixaram elogios ao app, mensagens racistas e até mesmo reclamações por não haver a opção de açoitar o escravo.

– Ótimo jogo para passar o tempo. Mas acho que faltava mais opções de tortura. Poderiam instalar a opção de açoitar o escravo também. Mas fora isso, o jogo é perfeito – escreveu o usuário Mateus Schizophrenic.

No jogo, era possível escolher entre as modalidades tirana ou libertadora. No primeiro caso, o objetivo seria lucrar com o comércio de escravos e impedir rebeliões. No segundo, a ideia seria conquistar a abolição da escravatura.

A plataforma ainda oferecia três tipos de escravos: o trabalhador – exibido como um homem negro com uma corrente no pescoço -, o gladiador – representado por um escravo de pele mais clara -, e o de prazer – uma mulher branca com trajes de dança.

– Compre e venda-os. Cada escravo é adequado para um determinado negócio. Treine seus escravos para aumentar seu nível de maestria e renda – dizia o aplicativo.

O game foi projetado pela Magnus Games e tinha classificação livre. Os responsáveis alegam que “condenam a escravidão no mundo real” e que o app tinha “fins de entretenimento”.

– Todo o conteúdo é fictício e não está vinculado a eventos históricos específicos. Todas as coincidências são acidentais – diz na tela de abertura do jogo.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) declarou que vai acionar o Ministério Público.

– Entraremos com representação no Ministério Público por crime de RACISMO e levaremos o caso até as últimas consequências, de preferência a prisão dos responsáveis. A própria existência de algo tão bizarro à disposição nas plataformas mostra a URGÊNCIA de regulação do ambiente digital – escreveu ele no Twitter, aproveitando para defender o Projeto de Lei 2630/2020, conhecido como PL das Fake News.

Fonte: Pleno News

Artigo anteriorCorpo de ator da Record TV é encontrado concretado em baú e há forte indício de assassinato macabro
Próximo artigoMais uma vez, Andressa Urach deixa Onlyfans após voltar para a igreja: ‘Recomeçando com Deus’