Manaus – O Governo do Amazonas fiscalizará, nos próximos dias 8 e 9 de fevereiro, as barragens da Mineração Taboca, localizadas em Presidente Figueiredo (distante 117 quilômetros de Manaus). A medida foi anunciada durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (29), realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

Na ocasião, os órgãos ambientais tranquilizaram a população quanto ao risco de um desastre como o ocorrido na sexta-feira (25/01) em Brumadinho (MG) e divulgaram relatório atual sobre a quantidade e segurança das barragens que existem no estado.

Ao todo, o Amazonas possui 38 barragens enquadradas na Lei de Segurança de Barragens, sendo 29 destinadas à atividade de aquicultura, oito de mineração e a Hidrelétrica de Balbina. Destas, Sema e Ipaam são responsáveis em fazer o monitoramento e classificação das barragens voltadas para a aquicultura, enquanto as hidrelétricas e as de mineração são classificadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Agência Nacional de Mineração (ANM), respectivamente.

Os barramentos existentes no Amazonas estão localizados nos municípios de Presidente Figueiredo, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Careiro, Iranduba, Autazes, Canutama e na capital Manaus.

A equipe técnica do Ipaam esclareceu que há diferenças entre os barramentos construídos em Minas Gerais e as do Amazonas, impossibilitando o acontecimento de um desastre nas mesmas dimensões. Entre os pontos destacados, estão a diferença no tipo de atividade minerária, estrutura de produção fabril, relevo e a estrutura das barragens em si.

Na Mineração Taboca, principal empresa do ramo atuando no Amazonas, as barragens de rejeitos são construídas em vales, que formam uma área de contenção natural em caso de rompimento das mesmas, evitando o cenário visto em Minas Gerais no qual a lama desce atingindo comunidades e rios.

Modernização – O Amazonas é um dos primeiros estados no país a utilizar drones para o serviço de monitoramento e classificação de barragens de aquicultura. O trabalho, realizado em parceria entre Sema e Ipaam, ajuda a prevenir desastres como os de Mariana e Brumadinho.

Para levantar as informações sobre as barragens e reservatórios de água, as equipes da Sema e Ipaam utilizam drones e software de modelagem 3D, e realizam análises de imagens de satélite, junto ao banco de dados do Ipaam. Ao todo, são 29 barragens monitoradas por este sistema, em nove municípios, utilizadas para acumular água para atividade de piscicultura (criação de peixes). 

As barragens catalogadas pela Sema e Ipaam são cadastradas no Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB), plataforma online gerenciada pela Agência Nacional de Águas (ANA). Com o sistema inovador de monitoramento de barragens, cumpriu a meta relacionada à Segurança de Barragens do Programa de Consolidação do Pacto Nacional Pela Gestão das Águas (Progestão), executado no Amazonas pela Sema e Ipaam, com recursos da ANA, e garantiu mais R$ 5 milhões em recursos federais para desenvolver as ações de gestão de recursos hídricos.

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