O Fundo Amazônia completou 17 anos nesta terça-feira (12) com o anúncio de um novo aporte de R$ 210 milhões. Desse total, R$ 150 milhões serão destinados ao programa União com os Municípios pela Redução de Desmatamento e Incêndios Florestais, beneficiando 48 cidades da região entre as 70 consideradas prioritárias para as ações.

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, a mobilização envolve governos e sociedade para enfrentar o desafio de preservar a floresta.

Os R$ 60 milhões restantes vão financiar o Projeto Prospera na Floresta, que apoia comunidades tradicionais no desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis, como turismo e bioeconomia. A ministra Marina Silva destacou que o objetivo é reduzir a necessidade de destinar recursos apenas ao fortalecimento institucional, priorizando investimentos na economia florestal, pesquisa e desenvolvimento sustentável.

O anúncio foi feito em Manaus, durante balanço apresentado por Tereza Campello, diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), gestor do fundo. Ela atribuiu a longevidade do mecanismo aos resultados positivos na conservação da Amazônia e ao modelo de governança do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa), que reúne ministérios, governos locais e organizações sociais para decidir, por consenso, o uso dos recursos.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia já desembolsou, em média, R$ 300 milhões ao ano até 2018, com exceção do período entre 2019 e 2022, quando os repasses foram suspensos. A retomada ocorreu em 2023, com crescimento expressivo em 2025, quando os desembolsos ultrapassaram R$ 1 bilhão antes mesmo do fim do ano.

Além da Noruega, país pioneiro nas doações, o fundo recebe contribuições da Alemanha, Estados Unidos, Irlanda, Japão, Reino Unido, Dinamarca e Suíça. Nos últimos dois anos e oito meses, a média anual de investimentos superou R$ 1 bilhão, impulsionada pela queda do desmatamento e pelo aumento da confiança dos doadores.

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