Brasil – O governo federal articula uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ditador venezuelano Nicolás Maduro durante a viagem do petista à Argentina no próximo domingo (22), durante a 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O Brasil retornou ao bloco, composto de 32 países, dois anos após a gestão anterior ter se retirado da organização.

Lula embarca para Buenos Aires neste domingo (22) e vai ter um encontro com o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Na terça-feira (24), Lula participa da cúpula, que está sob a presidência temporária da Argentina.

Durante a cúpula da Celac, Lula vai ter reuniões bilaterais com governantes da região. Um dos encontros deve ser com o presidente da Venezuela. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a agenda ainda não está confirmada e vai depender da logística.

“Há uma demanda de encontro com o presidente Maduro. Estamos no processo de normalização das relações com a Venezuela. Essas reuniões são sempre muito movimentadas, e não dá para cravar que vai haver essa reunião”, explicou o secretário das Américas, o embaixador Michel Arslanian Neto.

Na sequência, Lula embarca para Montevidéu, capital do Uruguai, na quarta-feira (25), onde se reunirá com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou. O presidente brasileiro será acompanhado de uma delegação composta de vários ministros, entre eles Mauro Vieira (Itamaraty) e Fernando Haddad (Fazenda).

Relação com Venezuela

Recentemente, o governo federal iniciou o processo para reabrir a Embaixada do Brasil na Venezuela, fechada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A missão é liderada pelo embaixador Flávio Macieira.

“O envio da missão reflete a decisão do governo brasileiro de normalizar as relações bilaterais, para permitir a retomada de tratativas com o governo venezuelano sobre os diversos temas que compõem a agenda entre os dois países”, diz o Itamaraty.

“O diálogo com a Venezuela, país com o qual o Brasil compartilha laços históricos de amizade e de cooperação, além de extensa fronteira, é fundamental não apenas para o adequado seguimento da pauta bilateral, mas também para a revitalização da integração”, completa.

Fonte: R7

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