Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro com o presidente Luiz Inacio Lula da Silva na saída do almço, no Palcio Itamaraty. | Sérgio Lima/Poder360 29.maio.2023

O governo brasileiro não reagiu oficialmente às recentes declarações do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que questionam a legitimidade do processo eleitoral no Brasil. Nos bastidores, no entanto, as falas foram classificadas como uma “provocação desrespeitosa” a um país aliado.

Maduro, sem mencionar Lula diretamente, sugeriu que aqueles que se assustaram com suas declarações de que, caso não vença a eleição presidencial, haverá um “banho de sangue” na Venezuela, tomem chá de camomila. Lula havia expressado sua preocupação com as falas de Maduro sobre o resultado das eleições.

Além de criticar Lula, Maduro também questionou a Justiça Eleitoral brasileira, afirmando que as eleições no Brasil não são auditadas.

Em resposta, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, reafirmou que “as urnas e as eleições brasileiras são auditadas, desde o início até o final do processo”. Ela acrescentou que nunca foram comprovadas fraudes ou erros e que a “Justiça Eleitoral brasileira é confiável e conta com a confiança da população”.

Observadores Internacionais

O TSE enviará dois servidores seniores, com experiência na gestão das eleições brasileiras, para atuar nos grupos de observadores internacionais das eleições venezuelanas. Eles acompanharão todo o processo eleitoral no país vizinho, verificarão possíveis cerceamentos a eleitores e observarão o lacramento das urnas. O relatório será divulgado assim que retornarem ao Brasil.

No Palácio do Planalto, a eleição na Venezuela, marcada para o próximo domingo (28), mantém o governo brasileiro em alerta. Nicolás Maduro, que busca nova reeleição, não dá sinais claros de que aceitará um resultado desfavorável.

Artigo anteriorPolícia Federal apreende drogas escondidas em bonecas falsificadas
Próximo artigoCompras internacionais já podem ter nova taxação a partir de sábado