Presidente Lula da Sila e os miniistros Rui Costa, Alexandre Padilha, Paulo Teixeira, Camilo Santana e Janja da Silva, participam da cerimônia de lançamento da plataforma Mãos à Obra e anúncio de reajuste no repasse dos valores Programa Nacional de Alimentação Escoilar (PNAE) realizada no Palácio do Planalto. A merendeira Francisca Elenilda da Silva, do Ceará, entregou uma cesta de produtos da meren da escolar p/ o presidente Lula. | Sérgio Lima/Poder360 00.ago.2022

Brasil – O governo Lula irá distribuir R$ 11 bilhões para deputados e senadores no primeiro semestre de 2024, às vésperas das eleições municipais. O montante será destinado aos redutos eleitorais dos políticos por meio das emendas de comissão, que seguem os mesmos moldes do extinto “orçamento secreto”, considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O Relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi apresentado pelo deputado Danilo Forte (União-CE), na última quinta-feira, 7, e determina que o governo faça o repasse financeiro exatamente onde cada parlamentar determinar.

A distribuição do dinheiro não irá priorizar, portanto, as demandas dos ministérios, que terão o papel de receber os ofícios dos congressistas e efetuar os pagamentos.

Segundo o LDO, esse processo ficará a cargo das comissões, por meio dos presidentes de cada colegiado. O mecanismo aumentará o poder dos presidentes da Câmara e do Senado, que estão à frente da eleição dessas comissões.

Menos dinheiro para ministérios e PAC

Outra regra do texto determina que, havendo escassez financeira, o governo federal só poderá cortar recursos do Orçamento se fizer um corte na mesma proporção nos gastos dos ministérios e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

E essas serão justamente as duas fontes de sustentação das emendas de comissão. É que, ao enviar o Orçamento de 2024, o presidente Lula ainda não contava com elas.

E não havendo dinheiro em caixa para esse destino, ele terá de recorrer a cortes de manutenção e investimentos nos seus ministérios e também no PAC. O Programa tem R$ 61 bilhões reservados para obras ao longo de 2024.

De olho nas eleições municipais do ano que vem, o governo precisa, contudo, manter a economia do país aquecida para ampliar o número de prefeitos e vereadores eleitos. Lula precisará dessa base para tentar se reeleger nas eleições de 2026.

Fonte: Revista Oeste

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