Mundo – Issa Ismail, de 26 anos, é uma estadunidense que nasceu mulher, mas aos 19 assumiu-se transgênero, começando a transição com o uso de testosterona.

Sua realidade é a mesma de milhões de pessoas em todo o mundo. Apenas no Brasil, segundo estudo de 2020 desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), 4 milhões de pessoas se identificam como transgênero ou não binárias.

Durante a adolescência, o lado feminino começou a aflorar e ela deu vazão a isso. Sete anos mais tarde, quando começou a passar por dificuldades com sua identidade de gênero, resolveu se assumir transgênero para sua família, para que pudesse começar a transição.

Segundo explica, Issa usou hormônio masculino (testosterona) por seis anos, com isso ganhou muito do aspecto masculino, desde o crescimento de pelos faciais até a voz. Também se submeteu a uma cirurgia para remover os seios em 2016.

No entanto, sua vida tomou outro rumo no início de 2021, quando percebeu que lutava contra a depressão e não era feliz como homem. Então, em fevereiro do mesmo ano, tomou a importante decisão de “destransicionar”, ou seja, fazer o caminho de volta ao seu gênero de origem, feminino, abolindo a terapia com testosterona. Issa revela que isso lhe trouxe um “alívio instantâneo”.

A princípio, Issa admitiu que nunca pensou em ter uma aparência feminina novamente, mas que está feliz com os resultados da mudança. “É muito interessante pensar sobre minha vida assim e como ela passa por estágios. A fluidez é tanta, que não posso negar”, disse Issa.

Passando por uma fase que pode ser vivida por muitas pessoas transgênero, a estadunidense está compartilhando sua experiência na esperança de ajudar. Como disse, o melhor conselho que pode dar sobre transição ou destransição “é realmente ouvir a si mesmo e seguir sua intuição, coração”, acrescentando que é isso que lhe dará todos os sinais que precisa para tomar a melhor decisão para si mesmo. E completou: quer ajudar as pessoas trans a se sentirem “solidificadas em sua identidade” ou a se questionarem.

Para a jovem, assim como os hormônios não foram o melhor caminho para ela, podem não ser para outras pessoas, por isso se mostra disposta a enxergar e apoiar quem esteja dos dois lados dessa realidade.

Em seu perfil no Instagram, onde é seguida por mais de 8 mil pessoas, Issa compartilha diariamente novidades sobre o seu processo de transição e recebe o apoio de muitas pessoas que admiram a sua jornada de autodescoberta.

O Daily Mail apurou algumas notícias compartilhadas pelo Medical News Today, que explicam que as mulheres em transição para o sexo masculino geralmente passam pela terapia com testosterona, ou terapia T, que tem o objetivo de rezudir a quantidade de estrogênio produzida em seu corpo.

O portal de notícias médicas explica que o tratamento induz o desenvolvimento de traços físicos tipicamente masculinos, como crescimento de cabelo com padrão masculino e voz mais profunda, ao mesmo tempo que minimiza os traços tipicamente femininos e interrompe o ciclo menstrual.

O Medical News Today acrescenta: se o tratamento for iniciado cedo o suficiente, pode impedir o desenvolvimento dos seios. A terapia pode ser aplicada no paciente por meio de gel, adesivo, pílula oral ou injetável.

Fonte: osegredo

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