Adalgiza Maria Dourado, 65 anos, condenada por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, tentou tirar a própria vida na última sexta-feira (23), durante o trajeto até uma consulta psiquiátrica autorizada judicialmente. A idosa cumpre prisão domiciliar em Recanto das Emas (DF) e enfrentava histórico de depressão e pensamentos suicidas.

Segundo sua equipe, Adalgiza foi acometida por uma crise de pânico dentro do ônibus a caminho da consulta, na Asa Norte, e tentou o suicídio por diversas vezes. Passageiros intervieram e impediram que o pior ocorresse. Ao chegar ao local, ela foi acolhida pela irmã, Célia Regina, que acionou o advogado Luiz Felipe para prestar assistência imediata.

Em nota, a equipe da idosa atribuiu o episódio ao “impacto psicológico devastador das condenações impostas aos presos políticos dos eventos de 8 de janeiro”. Segundo o comunicado, ao menos seis mortes estariam ligadas direta ou indiretamente às prisões, além do caso já conhecido de Clezão.

“A aprovação de uma anistia ampla, geral e irrestrita é urgente para que essas pessoas possam recuperar sua dignidade, saúde mental e o direito à paz”, diz a nota.

Procure ajuda

Se você estiver passando por momentos difíceis, procure apoio. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito e sigiloso. Ligue 188 ou acesse cvv.org.br.

Artigo anteriorCongresso Internacional debate avanços técnicos na agenda de sustentabilidade dos tribunais de contas
Próximo artigoPrefeito David Almeida aposta em propaganda e maquiagem política para esconder abandono e escândalos em Manaus