
Adalgiza Dourado, de 65 anos, presa pelos atos de 8 de janeiro, relatou a seu advogado, em videoconferência nesta segunda-feira (21), que sofreu uma queda dentro da unidade prisional onde está detida, no Distrito Federal. Segundo ela, a queda resultou em dores intensas nas costas, no ombro e no quadril direito.
A detenta afirmou que procurou ajuda dos poucos agentes penais de plantão, mas foi informada de que não havia profissionais de saúde disponíveis no local, o que, segundo o advogado, revela negligência grave. Em caso de lesões mais sérias, como fraturas ou hemorragias, não haveria atendimento imediato.
Além do acidente, Adalgiza relatou estado depressivo e pensamentos suicidas, agravados pelo isolamento e por ter passado a Páscoa sem contato com familiares. O advogado denuncia que a ausência de estrutura básica, como médico e enfermeiro em plantão, evidencia abandono institucional durante o feriado.
A situação reacende o debate sobre as condições das mulheres custodiadas no sistema prisional, especialmente idosas, grupo mais vulnerável a quedas e problemas físicos que exigem atendimento rápido para evitar complicações graves.