Brasil – A Imperatriz Leopoldinense é campeã do carnaval do Rio de Janeiro de 2023. A escola de samba de Ramos, na zona norte da cidade, encerrou um jejum de 22 anos sem conquistar o título do Grupo Especial carioca. O título, com 269,8 pontos, coroa a segunda passagem do carnavalesco Leandro Vieira pela escola. A agremiação levou à Marquês de Sapucaí a história de Lampião, o rei do cangaço, em uma fantasia envolvendo a tentativa do cangaceiro de ingressar no inferno e no céu. Recusado em ambos, acabou indo… desfilar na Imperatriz.

Em segundo lugar, ficou a Unidos do Viradouro (269,7 pontos); em 3º, Vila Isabel (269,3); em 4º, Beija Flor (269,2); em 5º, Mangueira(269,1), e em 6º, a Grande Rio (268,6). As seis primeiras colocadas voltam à passarela do samba para o desfile das campeãs no próximo sábado, 25. A Império Serrano foi rebaixada para a Série Ouro de 2024, a segunda divisão da festa.

Fantasia

O enredo fantasioso e criativo sobre Lampião e sua tentativa de entrar no inferno e no céu valeu a Leandro Vieira seu nono título no carnaval carioca. O carnavalesco, que ganhou fama ao conquistar dois títulos pela Mangueira, em 2016 e 2019, já havia trabalhado na Imperatriz em 2020. Foi quando a escola disputou a segunda divisão e venceu, retornando à elite do carnaval carioca.

A escola de Ramos (zona norte do Rio) liderou a disputa durante toda a apuração, e só perdeu o primeiro décimo (descontada a menor nota) no sétimo de nove quesitos (comissão de frente). Mas nunca deixou o primeiro lugar, enquanto a segunda posição variou, acabando nas mãos da Unidos do Viradouro.

À TV Globo, a presidente da Imperatriz Leopoldinense, Cátia Drumond, dedicou o título da escola ao pai, o bicheiro Luiz Pacheco Drumond, presidente de honra da escola que morreu em julho de 2020, aos 80 anos.

“Esse título ofereço ao meu pai. Lá do céu, ele está muito feliz. Eu tenho certeza disso. A gente merecia. Viemos do acesso, ficamos em décimo lugar e trabalhamos. Trabalhamos para chegar aqui. Complexo do Alemão é tudo. Sem eles, não somos nada”, afirmou.

O mestre de bateria Luiz Alberto Lolo, responsável por quatro notas dez para a escola, ressaltou o tempo dedicado por cada integrante da “Swing da Leopoldina” para o desfile deste ano.

“A gente ensaia oito meses para chegar aqui, idealizar um projeto legal para tomar nota dez e ajudar a escola. Graças a Deus deu tudo certo. A gente tocou xaxado, a gente tocou baião, a gente deu tiro na avenida… Graças a Deus fomos agraciados com esse título”, disse.

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