
Entre março de 2024 e março de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 5,48%, segundo o IBGE. A inflação segue corroendo o poder de compra das famílias, com aumento expressivo em alimentos, transporte e outros itens básicos.
Café lidera aumentos e se torna vilão da inflação
O café moído teve a maior alta individual: 77,78% em 12 meses. Só no primeiro trimestre de 2025, o produto já subiu 30,04%, com avanço de 8,14% apenas em março. O café pronto, servido em padarias e restaurantes, também encareceu, com alta de 12,26%.
Outros alimentos que puxaram a inflação foram a tangerina (52,71%), o abacate (31,26%), a laranja-lima (23,13%) e o óleo de soja (24,36%).
Carnes e chocolates também sobem forte
As carnes acumulam alta de 21,16% no ano, com destaque para o acém (25,54%), pá (23,22%) e patinho (22,5%). Chocolates em barra e bombons aumentaram 21,77% no período, pressionados pela sazonalidade da Páscoa e pela alta de 9,49% no grupo de açúcares e derivados.
O cigarro, que teve o IPI aumentado em 2024, encareceu 22,46%.
Transporte público e combustível pesam no orçamento
Combustíveis subiram 11,63% no ano: etanol (20,08%), gasolina (10,89%) e diesel (8,13%). O gás veicular teve aumento de 3,92%.
No transporte público, a alta foi de 6,15%. O transporte por aplicativo lidera com aumento de 18,27%. Também houve reajustes em passagens aéreas, ônibus interestaduais, trem e transporte escolar.
Com tantos aumentos, o orçamento familiar segue sob forte pressão, exigindo cortes e reajustes nas despesas básicas do dia a dia.