Primeiro filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), tomou nesta quinta-feira, dia 22, no Rio de Janeiro, a primeira dose da vacina da AstraZeneca contra a covid-19. Aos 40 anos, ele já poderia ter se vacinado há quase duas semanas, mas preferiu esperar pela “repescagem”.

Flávio é o primeiro político da família Bolsonaro a anunciar que foi vacinado, e até postou um vídeo em redes sociais recebendo o imunizante do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Elogiou também o pai e presidente pela produção da vacina no Brasil.

Após tomar a primeira dose da vacina, ele disse seu pai, Jair Bolsonaro, quer ser o último brasileiro a se vacinar e que aguarda por esse momento.

A vacinação do senador rendeu vários comentários irônicos na internet, tendo em vista que toda sua família liderou um movimento para desacreditar as vacinas produzidas, além de defenderem o uso de remédios como ivermectina e cloroquina, que faziam parte do chamado “tratamento precoce” – tudo sem nenhuma comprovação cientifica.

Ao ser questionado sobre a forte defesa ao uso da ivermectina e cloroquina, o senador ainda tentou desconversar e até jogou a responsabilidade em cima de seu médico – que não teria o autorizado a se vacinar antes.

“Eu já tive Covid, lá atrás o médico tinha dúvidas se era o caso de se vacinar ou não quem já teve Covid, mas hoje o meu médico já me orientou pra tomar vacina, então tem que vacinar”, afirmou.

Vale ressaltar que as investigações feitas pela CPI da Covid mostram que o governo Bolsonaro agiu contra vacinas que respondem pela maioria das doses aplicadas no país: CoronaVac, do Instituto Butantan, e da Pfizer.

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