As Forças de Defesa de Israel realizaram, pela primeira vez desde 2006, uma invasão terrestre no território do Líbano, após um período de tensão entre os dois países. Em um comunicado divulgado nas redes sociais na noite de segunda-feira (30), Israel classificou a ação como “limitada” e “localizada”, com o objetivo de atingir alvos do Hezbollah no sul do Líbano.

A escalada de hostilidades teve início em 7 de outubro do ano passado, quando o Hezbollah intensificou os ataques contra Israel, em apoio ao Hamas, que atua na Faixa de Gaza. O Hezbollah, um grupo paramilitar libanês fundado na década de 1980, tem uma longa história de confrontos com Israel, sendo a última guerra significativa entre os dois países em 2006.

Recentemente, a situação se agravou após ataques aéreos israelenses na região de Beqaa, que resultaram na morte de mais de 500 pessoas, segundo o Ministério da Saúde libanês. Os bombardeios também causaram a morte de importantes líderes do Hezbollah e do Hamas.

Em resposta à possibilidade de uma invasão israelense, o vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, declarou que suas forças estão prontas para um confronto. Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel tem a capacidade de alcançar qualquer parte do Oriente Médio para neutralizar seus inimigos.

Após a invasão, o exército israelense informou ter interceptado 10 foguetes disparados do Líbano em direção a Israel, com alguns sendo neutralizados pelo sistema de defesa Iron Dome.

Repatriação de Brasileiros no Líbano

O governo brasileiro anunciou uma operação de repatriação para os cerca de 20 mil brasileiros que vivem no Líbano, a maior comunidade brasileira no Oriente Médio. O primeiro voo ainda não foi agendado, mas deve ocorrer em breve, conforme declarou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A Força Aérea Brasileira está planejando a operação, que terá como ponto de partida o aeroporto de Beirute, que permanece em funcionamento. A Embaixada do Brasil no Líbano está em contato com a comunidade brasileira e coordenando esforços com as autoridades locais.

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