Uma mulher apontada pela polícia como uma das principais combatentes do Comando Vermelho (CV) foi morta durante os intensos confrontos entre forças de segurança e integrantes da facção nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na última terça-feira (28).

Conhecida como Penélope, ou pelos apelidos “Japinha” e “musa do crime”, ela foi atingida por um tiro de fuzil no rosto durante o embate.

Segundo a polícia, Penélope era considerada braço de confiança dos chefes locais e atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas. No momento do confronto, usava roupa camuflada, colete tático e carregava equipamentos de combate.

O corpo dela foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade, após horas de tiroteio. Relatos indicam que Penélope reagiu à abordagem policial e acabou morta no revide.

A morte ocorreu durante a maior e mais letal operação policial já registrada no Rio, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil, Militar e unidades especiais, com o objetivo de conter o avanço do Comando Vermelho e desarticular sua base logística.

De acordo com o governo estadual, a ação deixou 121 mortos, sendo quatro policiais. Nesta quarta-feira (29), moradores da Penha relataram ter retirado 74 corpos de uma área de mata e levado para uma praça da região.

Antes de morrer, Penélope ostentava armas e poses provocantes nas redes sociais, o que lhe rendeu o apelido de “musa do crime”. As imagens a mostravam armada com fuzis e roupas táticas, em meio a cenários de guerra urbana típicos das comunidades dominadas pelo tráfico.

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