As deputadas estaduais Joana Darc e Alessandra Campêlo reagiram à tentativa do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Josué Neto, de atropelar os trâmites e ignorar o requerimento de impedimento dele na condução do processo de impeachment do governador Wilson Lima e seu vice, Carlos Almeida. O requerimento foi apresentado pelo deputado Saullo Vianna logo no início da sessão da ALE, que está sendo transmitida ao vivo no Facebook do órgão.

“A questão é que o presidente é impedido pelo fato de que ele, que automaticamente, fosse procedente da denúncia, que ele assume o Governo do Estado. Ele não pode conduzir o processo porque ele é o maior beneficiado, pois vice e governador são os alvos. O presidente não pode participar, conduzir e julgar o processo de impeachment. De forma clara, sem politicagem, nós queremos um posicionamento do presidente Josué Neto”, disse a deputada Joana Darc.

Para Alessandra Campêlo, o presidente da ALE tem tomado decisões unilaterais e tem a obrigação de votar o requerimento de impedimento de conduzir o processo de impeachment. “O ato de receber (o pedido e impeachment) é ato decisório. Vossa excelência tomou três atos decisórios. Há impedimento ou há não impedimento de sua parte? Gostaria de que fosse votado o meu questionamento. Eu não vou admitir que o plenário não vote. A leitura da denúncia (do pedido de impeachment) já é um ato decisório. Você excelência está decidido pelo plenário. Quero resposta do plenário ao meu questionamento. Vossa excelência não é superior ao plenário. O senhor tem medo de votar?”, afirmou a deputada.

Durante a sessão, Alessandra Campêlo também criticou a postura do presidente da ALE em se negar a ouvir os questionamentos dos demais deputados.
“Parece uma criança que tira o fone de ouvido com medo de ouvir e de falar. não seja arbitrário”, disse a deputada à Josué Neto.

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