Manaus – A juíza Eline Paixão Amaral Pinto, da Comarca de Manaus, decidiu nesta quarta-feira (27), soltar Jussana de Oliveira Machado, que estava presa após agredir a babá Claudia Lima e atirar no advogado Ygor Colares em condomínio na Ponta Negra, na zona oeste de Manaus.

Ela deverá usar tornozeleira eletrônica, conforme decisão tomada na terça-feira (26). Além de usar tornozeleira, outras medidas cautelares foram impostas para a soltura de Jussana, como:

– Proibição de deixar Manaus;
– Proibição de voltar ao Condomínio Life Ponta Negra;
– Não manter contato com as vítimas, testemunhas e familiares destas;
– Recolher-se no período da noite e em dias de folga;
– Apresentar-se em juízo mensalmente, de forma presencial ou virtual.

Entenda o caso

Um episódio de violência chocou a cidade de Manaus no dia 18 de agosto deste ano e resultou na prisão em flagrante de Jussana de Oliveira Machado, de 39 anos. A mulher foi detida pela polícia após agredir uma babá e atirar contra um advogado, em um episódio que também envolveu seu marido, o policial civil Raimundo Nonato Machado.

A agressão teve como alvo uma funcionária do advogado Ygor Menezes Colares. Imagens capturadas por uma câmera de segurança em um condomínio local flagraram o momento das agressões, as quais parecem ter sido instigadas pelo próprio policial civil Raimundo.

Ygor interveio para separar a briga, mas também foi vítima da violência, sendo agredido pelo policial. A situação tomou um rumo ainda mais grave quando Raimundo entregou uma arma para sua esposa, que ameaçou a babá e, em seguida, disparou um tiro que atingiu a perna do advogado.

Jussana foi presa em flagrante e levada para audiência de custódia no sábado (19). Ela é acusada de porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, lesão corporal e ameaça, e teve a prisão convertida em preventiva. A defesa do casal alega que o tiro foi um acidente.

Raimundo Nonato Machado também foi conduzido a delegacia e, inicialmente, liberado após ter apenas assinado um termo de declarações. Mas a justiça emitiu um mandado de prisão contra o policial e o trata como cúmplice das agressões. Ele segue preso pelas acusações de lesão corporal.

Segundo a OAB do Amazonas, Raimundo já teria se envolvido em outros incidentes de violência e conduta inadequada durante o exercício de suas funções.

A Polícia Civil divulgou uma declaração afirmando que não tolera quaisquer comportamentos inadequados por parte de seus agentes e que o caso será submetido a uma investigação tanto criminal quanto administrativa, a fim de garantir a responsabilização dos envolvidos.

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