Na última segunda-feira (17), a juíza federal Cristina Lazzari Souza, da Vara Cível e Criminal da Justiça Federal em Tabatinga (AM), decidiu manter a suspensão do processo que apura os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.

A nova decisão foi tomada após determinação da Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que acolheu uma reclamação apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF). O órgão alegou que a ação penal estaria paralisada sem justificativa, o que motivou a ordem para que a magistrada reexaminasse o caso no prazo de 48 horas, levando em consideração questionamentos já feitos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ao reapresentar seu posicionamento, a juíza reiterou que o processo não esteve parado e que continuou avançando normalmente após o STJ autorizar o prosseguimento em relação a dois dos réus. Ela justificou que a suspensão parcial foi mantida porque existem outras duas ações em andamento — uma sobre organização criminosa e outra sobre ocultação de cadáver — que, segundo a magistrada, precisam ser concluídas para que todos os julgamentos ocorram de forma conjunta, evitando decisões contraditórias.

Cristina Lazzari Souza também reforçou o pedido de desaforamento para que os três processos deixem Tabatinga e passem a ser julgados diretamente pelo TRF-1. O objetivo, segundo ela, é assegurar melhores condições de segurança e isenção, considerando a complexidade e sensibilidade do caso.

A juíza determinou ainda que todas as informações sobre o cumprimento das determinações fossem comunicadas imediatamente à Corregedoria.

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