Amazonas – O governador Wilson Lima lançou, nesta sexta-feira (05), o novo Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Amazonas (PPCDQ-AM), que vai orientar a atuação dos órgãos ambientais no biênio 2020-2022. A meta é que, até o final desse período, o Amazonas reduza os índices de desmatamento em 15%, em relação ao ano de 2019. O lançamento fez parte de um pacote de decretos que o governador assinou em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho.

De acordo com Wilson Lima, o PPCDQ-AM vem para fortalecer a governança ambiental no Amazonas, reduzir o desmatamento ilegal e incentivar o uso sustentável dos recursos naturais, com ênfase nas áreas críticas do desmatamento.

“O plano tem três eixos importantíssimos, e um deles é algo por que venho lutando desde que assumi o governo, que é o ordenamento territorial. Infelizmente, no estado do Amazonas, nós ainda temos uma grande quantidade de terras que a gente não sabe a quem pertence. Outro eixo é a questão do comando e controle, para ampliar a nossa tecnologia de monitoramento de desmatamento e focos de queimadas. O último eixo é a questão da bioeconomia, levando em consideração o desenvolvimento sustentável, as atividades de manejo, conciliando o desenvolvimento econômico com a preservação da floresta”, explicou Wilson Lima.

Na ocasião, o governador destacou que as políticas ambientais precisam incluir o povo da floresta, possibilitando alternativas para o seu desenvolvimento socioeconômico. “O manejo sustentável tem sido um caminho muito importante. Aliás, o Amazonas é referência porque, desde janeiro de 2019 para cá, nós conseguimos reduzir em 90% o desmatamento nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável do estado porque ali há uma atividade controlada”, disse.

Meta de redução – No ano passado, o Amazonas registrou 1.421 km² de área desmatada. A expectativa é que, com a implementação do PPCDQ-AM, a taxa anual de desmatamento reduza para 1.207 km² até o final de 2022. Ao todo, as ações previstas terão aporte de R$ 88 milhões em recursos oriundos do Fundo Amazônia e de repatriação da Petrobras.

As ações serão direcionadas aos municípios localizados no sul do estado, área de intensa pressão do desmatamento ilegal e com o maior número de focos de calor registrados no monitoramento de 2019. A região também é responsável por mais de 95% do desmatamento registrado em 2020, sendo que 81% ocorreu em áreas federais.

Além de incluir entre seus objetivos a fiscalização com base em operações de inteligência, a partir do planejamento integrado entre as esferas federal, estadual e municipal, o plano servirá de base para outros programas estaduais de impacto socioambiental, que têm relação direta com as dinâmicas de desmatamento e queimadas no estado.

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