O clima de intimidação contra organizadores das manifestações pelo impeachment de David Almeida (Avante) voltou a se intensificar. Após duas jovens deixarem a coordenação do movimento por sofrerem ameaças, um novo episódio de violência foi relatado nesta semana. Davi, integrante do grupo “Vem pra Rua”, publicou um vídeo confirmando a manutenção do ato desta sexta-feira e, desde então, passou a receber mensagens ameaçadoras — algumas com visualização única — atribuídas a pessoas ligadas à Prefeitura de Manaus.
As ameaças causaram pânico entre participantes e apoiadores do movimento, que já enfrentam um cenário de medo e insegurança desde que as jovens organizadoras anunciaram o afastamento. Em comunicado anterior, elas relataram ameaças que incluíam até o nome da filha de uma delas, o que motivou a decisão de deixar a linha de frente dos protestos.
Apesar do terror psicológico, os atos seguem confirmados. A próxima manifestação ocorrerá nesta sexta-feira (25), às 16h, em frente à sede da Prefeitura de Manaus, no bairro Compensa. O segundo protesto está agendado para 1º de maio, no mesmo horário, na Ponta Negra.
Os manifestantes pedem que a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas tratem essas ameaças com a mesma rapidez e seriedade que demonstraram ao prender o homem que ameaçou a neta do prefeito David Almeida. Eles cobram isonomia nas investigações e proteção a todos os cidadãos, independentemente do lado político.
O movimento, que se fortaleceu nas redes sociais e nas ruas, é reflexo direto do desgaste da imagem do prefeito. Entre os principais pontos de insatisfação estão o aumento da tarifa de ônibus para R$ 6, a viagem de luxo de David Almeida ao Caribe e a articulação para esvaziar sessões da Câmara Municipal em meio à crise política.
Mesmo sob ameaça, os manifestantes garantem: seguirão nas ruas, pedindo justiça, segurança e a saída do prefeito.
